24 Nov - Ataques e Ocupação do Complexo do Alemão
A vida estava transcorrendo numa de "vamo pra favela, reunião, esperança. Amanhã repete."
A rotina foi radicalmente alterada. Primeiro com ataques a carros. Que jamais serão esclarecidos a contento. Depois, uma operação de ocupação com mídia, e tudo que se tem direito.
Muito se fala e se falou do Alemão. Nunca fui tantas vezes lá como esse ano. Entre eventos e visitas logo no dia seguinte pra sondar a situação dos moradores, pode ter certeza que passei uns 20 dias indo lá.
Mas a poeira ainda está baixando. E quando baixar, escrevo. Por enquanto, as fotos que fiz.
Tem mais fotos no facebook ( link abaixo )
Anderson França acredita. Apesar de.
Fotos: Anderson França ( Dinho)
@__dinho
18 Nov - De Volta a Vila do João
Tive que me afastar das atividades de articulação na Vila do João por dois motivos muito simples: Eleições.
Não queria que minhas atividades fossem confundidas ou mesmo cooptadas por algum político local.
De volta, passei a me reunir com o Padre João, na Paróquia São José Operário e com comerciantes locais para tentarmos fazer um jornal, uma publicação mensal que sirva para informar sobre acontecimentos locais e que possibilitem meus alunos do coral terem a experiência de escrever, a exemplo do que faz o Rene Silva.
Acontece que lá no Complexo, Rene começou sozinho. Ninguém precisou dizer a ele pra fazer. Aqui na Vila, eu quero ser o facilitador disso.
Falar nisso, que saudade do meu coral. Talvez não seja mais regente pra eles. Mas, mesmo sem a música, tenho muito o que fazer na Vila. Existem muitas necessidades, tanto de articulação como estruturais. E ninguém está trabalhando efetivamente nisso. Além do Padre João, outro parceiro que encontrei lá foi a Ação Comunitária do Brasil. Grandes amigos.
Vou confessar que é brabo andar pela favela, o dia todo, sem almoço ou perspectiva próxima. Mas, missão é missão. Se tem soldado do Bope que se empenha corpo e alma pra executar a sua, eu também posso executar a minha. A dele, a morte. A minha, a vida.
Anderson França é ativista, muito embora não pareça.
Fotos: Anderson França ( Dinho)
@__dinho
12 Nov HipHop Celebra - A Marcha
Não pude ir. Tava sem grana de passagem. Acredite ou não.
Mas, os amigos me fortaleceram nas fotos.
11 Nov - Endeavor / AfroReggae / Santander / Natura
Abertura da Semana Global do Empreendedorismo na favela de Vigário Geral, Centro Cultural Waly Salomão.
Empreendedores locais, representantes do Santander, Natura, Endeavor e AfroReggae debatem numa manhã sobre as possibilidades de novos negócios na favela.
E o terceiro ano que Junior participa da campanha "Bota pra Fazer", da Endeavor.
Uma iniciativa interessantíssima, tratando a pessoa como protagonista de sua história. E isso em comunidades tem um impacto muito positivo.
Dona Chupetinha tirando onda na Globonews. |
Junior ao final do evento |
11 Nov, noite: TEDx Vila Madá - Nossos empreendedores - espalhando o valor de suas ideias e ideais
Horário: 11 novembro 2010 de 18:00 a 21:30
Local: Teatro da Vila
Rua: Rua Jericó, 256 - Vila Madalena
Cidade: São Paulo
Tipo de evento: conferência
Organizado por: EDUCARTIS
Local: Teatro da Vila
Rua: Rua Jericó, 256 - Vila Madalena
Cidade: São Paulo
Tipo de evento: conferência
Organizado por: EDUCARTIS
Palestrantes:
Rodrigo Brito - Co-fundador e Diretor executivo da Aliança Empreendedora.
(Confira aqui a apresentação gravada no dia 11 de novembro!).
Sidney Santos - Vendedor, empresário, empreendedor, escritor, palhaço de circo, palestrante e presidente do Grupo Sid.
(Confira aqui a apresentação gravada no dia 11 de novembro!).
Ana Carolina Vaz - Empreendedora da Dog's Care.
(Confira aqui a apresentação gravada no dia 11 de novembro!).
(Confira aqui a apresentação gravada no dia 11 de novembro!).
Sidney Santos - Vendedor, empresário, empreendedor, escritor, palhaço de circo, palestrante e presidente do Grupo Sid.
(Confira aqui a apresentação gravada no dia 11 de novembro!).
Ana Carolina Vaz - Empreendedora da Dog's Care.
(Confira aqui a apresentação gravada no dia 11 de novembro!).
Washington Rimas (Feijão) - Mediador de conflitos do AfroReggae e protagonista do filme "5 x Favela - Agora por nós mesmos".
(Confira aqui a apresentação gravada no dia 11 de novembro!).
Jeronimo Ramos - Superintendente de Microcrédito do Grupo Santander Brasil.
(Confira aqui a apresentação gravada no dia 11 de novembro!).
EVENTO PRESENCIAL
O evento aconteceu no dia 11 de novembro, quinta-feira, das 18h às 21h30, no Teatro da Vila. Endereço: Rua Jericó, 256, no Bairro da Vila Madalena, em São Paulo - SP.
TRANSMISSÃO A DISTÂNCIA
Este evento também foi transmitido ao vivo, via internet, para esta comunidade.
________________(Confira aqui a apresentação gravada no dia 11 de novembro!).
Jeronimo Ramos - Superintendente de Microcrédito do Grupo Santander Brasil.
(Confira aqui a apresentação gravada no dia 11 de novembro!).
EVENTO PRESENCIAL
O evento aconteceu no dia 11 de novembro, quinta-feira, das 18h às 21h30, no Teatro da Vila. Endereço: Rua Jericó, 256, no Bairro da Vila Madalena, em São Paulo - SP.
TRANSMISSÃO A DISTÂNCIA
Este evento também foi transmitido ao vivo, via internet, para esta comunidade.
4 Nov
UPP Cidade de Deus - Dia da Favela, 10h
Batalha do Conhecimento com MC Marechal, MC Logri, DJ Saci e Lulinha ( Eletrobase ) e DJ Marcelinho (Furia HipHop), em parceria com a UPP Social e Capitão Medeiros.
Demorei alguns dias pra colocar essa postagem. O evento não rolou como eu esperava. Mas eu trabalhei nele, da idéia a arte, da articulação a carregar som nas costas.
Pelo menos o cartaz acho digno. Fiz em 1 hora. E é assim. Se você tá sem verba, tem que assobiar e chupar cana.
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UPP Borel - Cerimonia Inauguração UPP Social, 14h
Com a presença de Ricardo Henriques, chefe de gabinete da Secretaria de Assistencia Social e Direitos Humanos do Governo do Estado RJ, Silvia Ramos, corrdenadora da UPP Social, membros do SEASDH e UPP Social, lideranças locais, representantes dos moradores, ONGs, Comlurb, Light, Sec. Cultura, Planejameno, Banco Mundial e jornalistas.
Mais um ponto pra eles. Reconheço. Até não queria, porque sempre fui do contra. Mas reconheço. Quem foi na reunião, um recorde de público para UPP Social: 137 pessoas, viu e ouviu o que eu não pensei ver e ouvir tão cedo.
Pessoas se encontrando, combinando.
De todas as esferas, de lugares diferentes, num mesmo propósito.
Mas, houve reclamações. Os moradores falaram. E falaram o quanto quiseram. E o Sec. Ricardo Henriques ouviu, anotou, propôs soluções com sua equipe.
Anderson França anda achando muito bacana esse tempo de encontros no Rio.
Fotos: Anderson França ( Dinho) e Blog da Pacificação.
@__dinho
Fonte: Blog da Pacificação.
Ricardo Henriques após o encontro. |
A UPP Borel é a terceira comunidade pacificada a receber o projeto social do Governo. Estiveram presentes no encontro o secretário de Assistência Social e Direitos Humanos, Ricardo Henriques, o secretário municipal de Conservação, Carlos Osório, o comandante da UPP Borel, capitão Amaral, e representantes públicos das áreas de conservação, saúde, educação e assistência social do Rio de Janeiro e das secretarias de Estado de Turismo, Esporte e Lazer e de Cultura. Também participaram do encontro ONGs (Organizações Não Governamentais) como a Roda Viva, Jocum Borel e o Grupo Arteiras .
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Dilma é Muitos
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IRA - Instituto Revolução pela Arte
Seria uma reunião de amigos, se o assunto fosse música e HipHop.
Mas foi a fundação de uma ONG, porque o assunto é música e HipHop.
Idéia do DJ Saddam, comprada por todos, vamos em frente pra legalizar os papéis ainda em 2010.
Fundadores do IRA. No centro, MC Marechal, presidente. |
26 Out
Reunião UPP Cidade deDeus ( CDD )
Reunião com Capitão Luis Medeiros, comandante da UPP CDD, Antonia Gama e Bruno (UPP Social), para tratar detalhes do Evento promovido pelo IRA - Instituto Revolução pela Arte, no dia 4 Nov.
Quando você entra na Cidade de Deus, vê muitas cores. O comércio é colorido, as comidas são coloridas, as pessoas são coloridas. E eu não estou falando da cor da pele, é das roupas mesmo. Povo se veste pra ser feliz.
Entrar na Cidade de Deus pela primeira vez me exigiu certa coragem. Não sabia o que ia encontrar lá.
Ao chegar, fui recebido pelo Caveirinha. Um basset, simpático e que veio tomar satisfações comigo, com carinha de bravo.
Caveirinha é o mascote da turma de policiais da UPP.
Minha primeira vez no meio de tanto cana, orei a São Bezerra, porque nunca tinha passado por isso.
Mas, que nada.
Os caras são do bem.
O Cap. Medeiros é jovem.
Não tem as formalidades que geralmente esperamos encontrar em oficiais militares.
Simples, de papo tranquilo, objetivo.
Me chamou logo pra sala, e começava ali um grande momento pra mim, como ativista.
No meio da conversa, explicando pra ele sobre a proposta de se fazer uma Batalha do Conhecimento em CDD- encontro de HipHop onde se faz o improviso - tive uma sensação boa.
De um lado, um ativista, de esquerda.
Do outro, um militar, homem prático, acostumado com a disciplina e que, como ele mesmo disse, mudou muito sua visão sobre as favelas desde que começou a trabalhar em CDD. Ele acredita nas ações, em todas as ações. E acredita em pessoas.
Bruno, Antonia e Cap. Medeiros na UPP CDD. |
Por um momento, duas pessoas estavam ali, conversando, sobre o mesmo tema, com a mesma visão.
Capitão Medeiros é um interlocutor. Um homem necessário. Faz esse papel de polícia que é o elo entre a ordem e a esperança.
Sem caô.
Antonia e Bruno participaram da reunião. São os gestores da UPP Social local. Bruno tem mó pinta de polícia. Mas, só a pinta. Maluco fortão, candomblecista de primeira, humano pra caraca. A Antonia é uma figura. Pequenininha, doce, super certa do que está fazendo ali.
Saí de CDD querendo ficar.
Se essa era a proposta, conseguiram.
Anderson França é ativista, muito embora não pareça.
Fotos: Anderson França ( Dinho)
@__dinho
25 Out
Lula no Alemão e em Manguinhos.
Ao lado do governador Sergio Cabral e do Prefeito Eduardo Paes, Lula fez a cerimonia de entrega de unidades do Minha Casa, Minha Vida.
Ao lado do governador Sergio Cabral e do Prefeito Eduardo Paes, Lula fez a cerimonia de entrega de unidades do Minha Casa, Minha Vida.
Eu cheguei quase no fim do discurso do presidente, a Av. Brasil estava parada na altura da Passarela 6 (novidade), e na Leopoldo Bulhões estavam estacionados todos os carros oficiais da América Latina.
Decidi, ao chegar, circular pelo conjunto de prédios.
Lula discursa em Manguinhos |
Tenho que reconhecer que foi uma obra decente, honesta. Dentro do contexto do PAC para a região é um bom inicio, muito embora saibamos que é modesto.
O crescimento desordenado e a falta de um planejamento urbano pode fazer com que todos esses esforços - e reais - tenham sido apenas curativos de uma ferida mais profunda.
Por mais dignos que sejam os esforços. É necessário o diálogo com os moradores. A criação de lideranças.
A gestão da área, a organização dos moradores, a presença do poder público estadual e municipal completarão o projeto. Aqui no Rio, sabemos bem que entregar imóveis sem organização local, é jogar dinheiro fora.
A região de Manguinhos possui cerca de 100 mil moradores distribuidos por 4 principais comunidades, ainda ocupadas pelo crime organizado, e essa região faz divisa com o Jacarezinho, onde também se fizeram obras, na Dom Helder Câmara.
A gestão local, a capacitação dos moradores para que entendam o valor de ações coletivas e a presença do estado, somando-se a mais planos de expansão para redução das favelas, são, no meu entender, os desafios para os próximos anos.
Entrada do Conjunto de Prédios |
Alguém se habilita?
Anderson França, torce pelo América.
Fotos: Anderson França ( Dinho )
@__dinho
25 Out
Agenda da semana.
Visita Presidente Lula em Manguinhos, "Minha Casa, Minha Vida", 12h
UPP CDD 15h, reuniao Cpa. Medeiros, reunião do Dia da Favela, 4 Nov.
Leonardo Boff na UERJ, 17h
Reuniao do IRA - Instituto Revolução pela Arte, 18h
Dilma é muitos, Circo Voador
24 Out
Primavera dos Livros, debate "Rio de Violências" ou "O que o Guilherme Fiúza tá fazendo aqui?"
Mesa de Debates com Lenin Pires, Michel Misse e Guilherme Fiuza sobre temas gerais que envolvem Segurança Pública no Rio. O tema da mesa era "Rio de Violências" e foi promovido pela Libre (Liga Brasileira de Editoras ).
Domingo de Twitter e Fofocabook, saquei que o @reporterdecrime estava em algum lugar ouvindo Leonardo Boff. Pausa no biscoito matinal. Pesquisei, e descobri o ciclo de palestras da Primavera dos Livros. Uma calça e um tênis, tudo que eu preciso, e partiu Catete.
Eu era recém-seguidor de @cecillia ( Arma Branca ), especialista e consultora em Segurança Pública. Ela estava lá cobrindo essa mesa. Preferi não falar com ela no dia, odeio essa de..."ah, eu te sigo!" ( Annnnd? )
O debate rolou redondo até o Fiúza - de repente - se descobrir ali. ( mêda desses caras que ficam na butuca e do nada o olho arregala e eles começam a falar sem parar. ) . E decide falar, sem que isso estivesse na pauta, que no AfroReggae já sofreu preconceito (quase em lágrimas, reclama que um jovem o chamara de "branco".)
Para.
Ele é branco. E o jovem a quem ele se referia, do AfroReggae, negro. Então, assim, o que ele queria? Quando um negro te chama de branco, é porque ele - negro - que enxerga MUITO bem, louvado seja Deus e Nossa Senhora, está olhando para um branco.
E não importa o que ele queira dizer com branco, engole seco, senta na guemba, por todas as vezes que você chamou alguém de negro, não importando o que isso quisesse dizer.
Mesa de Debates. |
"Um cara que me chama de branco, porque tipos, eu nasci no Jardim Botânico, sou branco e me orgulho muito disso, mas um cara que tem uma atitude preconceituosa, racista e excludente dessas, nunca que eu, mesmo podendo, vou ajudá-lo na vida."
Em seguida, ato contínuo, ele mete que: "tem que controlar a natalidade na favela pra diminuir a ciminalidade na cidade"
Caracamalucoémau.
Muito embora o Lenin depois tenha dito que isso e água é a mesma coisa, porque a Índia tem zilhões de pessoas vivendo em favelas e bolsões de pobreza e as taxas de criminalidade são baixas. O babado é Educação e a urgente intervenção do Estado em outras frentes.
Ah, mas o Fiuza não ouviu essa.
No meio do debate, ele sai subitamente, se deu satisfações, não ouvi, e nem me importo.
Fora que, pô rapaziada da LIBRE, vamo combinar. Não entendi o papel do Guilherme Fiuza no debate, menos ainda porque o convidam.
Lenin e Michel Misse, ao que tudo indica, sabem muito bem o que falam sobre o assunto
Responderam questões e fizeram um breve histórico da PM do Rio, localizando no tempo onde podem ter iniciados os processos de desvio e corrupção na corporação, apoiados em muitos casos por brechas legais e pouca compreensão do estado no papel da polícia.
Autoridades no assunto.
Conversei com Misse que me dispôs me ajudar com o que há de mais caro no ativismo social: informação.
Anderson França (Dinho) não é escritor e não sabe usar crase.
Dias depois no Roda Viva, entrevistando o Senhor de Todas as Picardias, Zé Dirceu, quem estava lá? Fiuza. Pianinho. Cada monstro tem o entrevistador que merece.
Todas as fotos: Dinho
Primavera dos Livros, Palacio do Catete, 14h
Por Anna Beatriz Mattos
Promovida pela Liga Brasileira de Editoras (Libre), a Primavera dos Livros reuniu 90 editoras independentes em estandes de venda e um público estimado de 30 mil pessoas circulando pelo Palácio do Catete durante os quatro dias do evento. Além da programação infantil e dos diversos lançamentos de livros, a Primavera trouxe o tradicional fórum de debates que contou com oito mesas-redondas de palestras que apresentaram temas ligados ao Rio de Janeiro, como urbanismo, arquitetura, literatura, música, violência urbana e economia. Rio de Violências No dia 24 de outubro, último dia do evento, estavam reunidos na mesa Rio de Violências: soluções para a cidade maravilhosa o sociólogo Michel Misse, o antropólogo Lenin Pires e o jornalista e escritor Guilherme Fiúza. O debate no auditório do Museu da República no Catete reuniu cerca de 30 pessoas, entre jovens estudantes, estrangeiros e jornalistas. O objetivo era refletir sobre o que pode ser feito para solucionar o problema da violência no Rio. Os palestrantes buscaram investigar as origens e os agravantes do fenômeno. Lênin Pires, mestre em Antropologia e pesquisador da Universidade Federal Fluminense, que já discute a resistência popular dos movimentos sociais, disse que o “Rio de Janeiro passa por uma fase de interesses nacionais que transformam a cidade em um lugar de espetáculo. Os investimentos têm sido usados para remover as comunidades pobres de lugares valorizados, que hoje são de interesses da especulação imobiliária”. O sociólogo e professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro Michel Misse complementou dizendo que “a mídia seleciona quem acusar, quais políticas públicas que deveriam ser aplicadas e confere prestígio aos que praticam os crimes”. Misse reforçou ainda que é preciso acabar com “a ideia de que somente a população mais empobrecida é atraída pela marginalidade. O crime não privilegia determinada classe”. O palestrante Guilherme Fiúza, autor de Meu nome não é Jhonny, confirma em sua obra o apelo de Misse. Fiúza conta a história real de um jovem de classe média alta que se tornou um dos maiores traficantes do Rio de Janeiro e abastecia a alta sociedade carioca. Para Misse, um outro problema gerador de violência é que não conseguimos modernizar nossa polícia: “Não houve modernização da mentalidade. A polícia não é igualitária e, pior, não esclarece nem 10% dos homicídios”. |
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